O Corpo como Meio

quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Às vezes, ouço as pessoas falarem de uma insatisfação que nem mesmo sabem de quê. Um vazio que nada preenche. Uma alegria que apenas se esboça, mas, não chega. Um desejo que se anuncia, mas, não se concretiza. Uma busca de algo que está além do pensamento. A pessoa não sabe, mas, essa busca, transcende a alma!

O problema do ser humano é o de viver na dualidade e, ao invés de juntar, ele separa ainda mais. Separa o que deveria ser unido. Separa o corpo da mente e a alma do espírito. Separa aquilo que sente daquilo que faz. Separa sua maneira de pensar da sua maneira de atuar.

Por exemplo, a pessoa que considera que pensamento é uma coisa e sentimento é outra, está equivocada. O que acontece é que, às vezes, busca uma compreensão lógica, guiada pela razão, de algo que deveria  tocar a alma. E, por outro lado, às vezes, se deixa avassalar por uma emoção sem entender nada. E, com isso, cria uma identidade que não é a sua. Tem um falso eu para o mundo e, internamente, está fragmentado, pendurando-se em suas incertezas e inseguranças para tentar estar no mundo.

O segredo está no equilíbrio, na junção dos opostos: sentir com compreensão e pensar com amorosidade. A junção entre o pensar e o sentir resulta na ação harmoniosa e coerente.

Temos a ferramenta adequada para fazer essa união: o nosso corpo! De que maneira? Simplesmente usando-o como instrumento de mediação entre o humano e o divino, entre o espírito e a matéria. De que forma? Percebendo que o espírito é matéria sutil e o corpo é matéria densa, mas, tudo é matéria. E como dizia o sábio Einstein, matéria é luz!

Então, não podemos separar um estado de elevação espiritual de uma emoção humana. A respiração e a meditação são veículos para que isso aconteça. Meditar significa focar a sua mente na sua presença. E esse é o “pulo do gato”, estar presente naquilo que faz! Estar plenamente atento às perguntas da sua alma.

Dessa forma, conseguiremos unir nossa alma e nosso corpo em direção ao caminho da plenitude. Não mais o vazio sem significado, mas à alegria de pertencer à totalidade!

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