Workshop "Yoga para Educadores"

quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Em novembro realizarei um workshop de Yoga para pais, professores, psicólogos e estudantes que queiram saber sobre como trabalhar Yoga com crianças e seus benefícios.

Espero vocês. Não percam!

As vagas são limitadas.


Persona e Per Sona

Persona, do grego, quer dizer “máscara”.
Per Sona, do latim, quer dizer “por onde passa o som”.

Ambos, os vocábulos, falam da pessoa. A pessoa, cuja expressão no mundo vem de uma atitude e de uma fala. A pessoa que usa suas máscaras para os mais variados papéis e emite seus sons para dizer o que sente.

Pessoa, ser humano, indivíduo, o que não se divide, o que é uno, indivisível, singular, pessoal.

O som que passa através do Ser, a criação, o verbo, o pneuma. A máscara que emite som!
Essas reflexões nos levam à autenticidade do Ser.

O Ser, energia cósmica, consciência que se torna humana!

O Corpo como Meio

Às vezes, ouço as pessoas falarem de uma insatisfação que nem mesmo sabem de quê. Um vazio que nada preenche. Uma alegria que apenas se esboça, mas, não chega. Um desejo que se anuncia, mas, não se concretiza. Uma busca de algo que está além do pensamento. A pessoa não sabe, mas, essa busca, transcende a alma!

O problema do ser humano é o de viver na dualidade e, ao invés de juntar, ele separa ainda mais. Separa o que deveria ser unido. Separa o corpo da mente e a alma do espírito. Separa aquilo que sente daquilo que faz. Separa sua maneira de pensar da sua maneira de atuar.

Por exemplo, a pessoa que considera que pensamento é uma coisa e sentimento é outra, está equivocada. O que acontece é que, às vezes, busca uma compreensão lógica, guiada pela razão, de algo que deveria  tocar a alma. E, por outro lado, às vezes, se deixa avassalar por uma emoção sem entender nada. E, com isso, cria uma identidade que não é a sua. Tem um falso eu para o mundo e, internamente, está fragmentado, pendurando-se em suas incertezas e inseguranças para tentar estar no mundo.

O segredo está no equilíbrio, na junção dos opostos: sentir com compreensão e pensar com amorosidade. A junção entre o pensar e o sentir resulta na ação harmoniosa e coerente.

Temos a ferramenta adequada para fazer essa união: o nosso corpo! De que maneira? Simplesmente usando-o como instrumento de mediação entre o humano e o divino, entre o espírito e a matéria. De que forma? Percebendo que o espírito é matéria sutil e o corpo é matéria densa, mas, tudo é matéria. E como dizia o sábio Einstein, matéria é luz!

Então, não podemos separar um estado de elevação espiritual de uma emoção humana. A respiração e a meditação são veículos para que isso aconteça. Meditar significa focar a sua mente na sua presença. E esse é o “pulo do gato”, estar presente naquilo que faz! Estar plenamente atento às perguntas da sua alma.

Dessa forma, conseguiremos unir nossa alma e nosso corpo em direção ao caminho da plenitude. Não mais o vazio sem significado, mas à alegria de pertencer à totalidade!

O Aprendizado

Tirar de cada fato que nos ocorre um aprendizado. Fazer a leitura do que cada situação quer dizer. Tudo à nossa volta nos comunica; cabe a nós entender o significado daquilo que nos ocorre.

A linguagem é simbólica, tanto no significado da língua como no significado do fato. Então, como entender o que está acontecendo? Como aprender se não percebo o significado real?

Aprender significa fazer espaço interior para receber o que está em mim. O novo que se torna conhecido na medida em que o deixo entrar. Resistir significa não dar chance ao aprendizado. Só posso aprender se me entregar.

O aprender tem três momentos: primeiro, o aprendizado intelectual, onde entendo o que me é apresentado. Depois, vem a percepção daquilo que entendi, ou seja, a realização, em mim, do fato em si. E, finalmente, a representação do conteúdo dentro de mim; o que esse fato tem a ver comigo; qual a significância disso em mim.

Quando falamos de entrega, de não resistência, falamos da humildade necessária para poder aprender. Do reconhecimento daquilo que ignoramos. A atitude arrogante e presunçosa nos impede de expandir a nossa consciência; não nos dá a abertura para novos horizontes.

O aprendizado é um gesto de amor, tanto de quem ensina quanto de quem aprende. Ambos precisam doar-se! Ambos sabem que ensinando é que se aprende, e aprendendo é que se ensina. Porque não existe nem professor nem aluno, mas duas pessoas que buscam o crescimento.
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